quarta-feira, 3 de setembro de 2008

A autonomia da mulher na relação sexual

A camisinha feminina é um método contraceptivo novo, pouco difundido, e que nasceu para ser um meio de independência e autonomia da mulher perante a sexualidade.

Segundo a enfermeira especialista em Saúde Pública e consultora da Saúde da Mulher em Porto Alegre, Lurdes Maria Toazza Tura, a camisinha feminina surgiu como uma segunda opção: “Ela permite o empoderamento da mulher”, afirma. Ou seja, a conquista da mulher a partir desse método fez com que ela não dependesse da vontade de seu parceiro colocar uma camisinha e ter relações com proteção e sexo seguro.

Lurdes diz ainda que Porto Alegre foi a capital que obteve o projeto piloto para o surgimento da camisinha. Uma pesquisa feita em diversas capitais do Brasil em 2000 mostrou que as porto-alegrenses aceitaram de uma forma mais positiva o novo método.

O mundo não dá conta de fabricar camisinhas masculinas, portanto, essa nova contracepção fará uma diminuição ao uso do contraceptivo masculino, pois NÃO se pode usar os dois métodos na mesma relação sexual.

Uma das vantagens da camisinha feminina, além de manter proteção em toda a relação sexual prevenindo as doenças e evitando a gravidez não planejada, é o seu período de uso diferenciado. Ela pode ser colocada até 8 horas antes da relação sexual, sem causar nenhum problema, sendo retirada após o uso. Ela é mais resistente que a camisinha masculina e, segundo especialistas, tem uma proteção maior, chegando a 97,3% de eficácia.

Porém, não são todas as mulheres que se adaptam ao método. É preciso que a mulher tenha um costume com o contraceptivo para não encontrar problemas na hora H. Ela precisa estar capacitada para usá-la, mas não se preocupe: não há contra-indicações. Entretanto, há efeitos colaterais: se a mulher for alérgica ao lubrificante, pode causar coceira e/ou vermelhidão.

Um motivo pelo qual a camisinha feminina ainda é pouco utilizada é o preço, considerado alto. Um pacote com dois preservativos femininos custa cerca de R$ 15, enquanto um pacote com três camisinhas masculinas sai por pouco mais que R$ 2.



Lurdes Maria Toazza Tura, enfermeira.

Como é?
Como usar?


A camisinha feminina é uma bolsa feita de um plástico macio, o poliuretano, material mais fino que o látex do preservativo masculino. É flexível e deve ser colocada na vagina, revestindo-a completamente para evitar contato do sêmen com o corpo da mulher.

Essa bolsa recebe o esperma, impedindo o contato direto dos espermatozóides com o canal vaginal e com o colo do útero da mulher, evitando, assim, a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, a transmissão do HIV/AIDS, e prevenindo a gravidez não planejada.


A bolsa tem 15 centímetros de comprimento e oito de diâmetro. É, portanto, bem mais larga que o preservativo masculino. Mas tem maior lubrificação. Na extremidade fechada existe um anel flexível e móvel que serve de guia para a colocação da camisinha no fundo da vagina. Ela deve-se ser colocada em forma de 8. A borda do outro extremo termina em outro anel flexível, que vai cobrir a vulva (parte externa da vagina), devendo ficar três centímetros para fora da vagina, aumentando sua proteção.

imagem: http://www.pmf.sc.gov.br/saude/index2.php?secretaria=aids


Não esqueça:

*A camisinha feminina é descartável e de uso único.
*Em hipótese alguma use camisinha masculina e feminina juntas. O atrito aumenta o risco de uma delas furar.





Fontes: aids.gov

Revista Capricho

Adolescencia.org



livro: Saúde e prevenção nas escolas. – Brasília junho/2007 – Ministério da Saúde.

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