quarta-feira, 8 de outubro de 2008

O uso correto da pílula do dia seguinte

O ato sexual seguido de descuido leva muitas jovens meninas a terem que usar a pílula do dia seguinte para evitar uma gravidez indesejada. Segundo orientações médicas, a pílula só deve ser usada em casos de emergência, quando a camisinha estoura, porém não é assim que ocorre na prática. Muitas meninas a usam para substituir os métodos contraceptivos normais, o que é errado, pois além de trazer vários efeitos colaterais, o uso repetido reduz a eficácia do medicamento.

Abaixo confira algumas dicas e tire suas dúvidas em relação à pílula do dia seguinte:

- Pode ser usada até 72 horas após o ato sexual.

- Usada até 24 horas da relação tem um índice de falha de 5 %. Entre 25 e 48 horas o índice de falha aumenta para 15 % e entre 49 e 72 horas o índice chega a 42 % de falhas.

- A pílula não promove um aborto, ela impede ou retarda a liberação do óvulo interrompendo o processo de fecundação.

- O uso pode causar vômito, náuseas e alteração no ciclo menstrual em algumas mulheres.

- A pílula não oferece nenhum tipo de proteção contra doenças sexualmente transmissíveis, principalmente a AIDS. O único método anticoncepcional eficaz e seguro para proteger não só a mulher, como também o homem, é a camisinha.

- Não existe nenhuma contra-indicação ao uso da pílula do dia seguinte. Até quem tem contra-indicação ao uso das pílulas comuns pode fazer uso dela quando necessário. Porém como já foi dito deve se evitar o uso repetido. Nestes casos, pode desregular a menstruação e aumentar a chance de gravidez.

- Caso a pílula não fizer efeito e ocorra a gravidez, não ocorrerá nenhuma disfunção à mulher ou ao bebê.

É importante que fique claro que o uso da pílula deve ser restrito a situações de emergência. Em caso de um atraso mais de uma semana a mulher deve procurar um ginecologista de sua confiança.
Texto: João Luís Weber

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